Artigo Produção Nacional

NÓS E A GENTE: UM ESTUDO SOBRE A SINTAXE DO PORTUGUÊS BRASILEIRO

2014; Volume: 2; Issue: 1 Linguagem: Português

10.54221/rdtdppglinuesb.2014.v2i1.35

ISSN

1808-7760

Autores

Adilma Sampaio de Oliveira Vieira,

Tópico(s)

Natural Language Processing Techniques

Resumo

Estudamos a variação nós>a gente, numa perspectiva gerativista, na tentativa de entender se esse fenômeno reflete uma variação estável ou uma mudança linguística, partindo da hipótese de que essas formas coexistem em uma mesma gramática, visto que os falantes continuam adquirindo as duas construções. Buscamos enxergar na já bastante descrita variação algo novo e, para tanto, revisitamos os estudos sobre a gramaticalização do “a gente” e sobre as características do(s) paradigma(s) pronomina(l/is) no Português Brasileiro. A modelagem dos dados e reflexões apresentadas estão embasadas nos postulados Teóricos da Gramática Gerativa para a mudança linguística. O nosso banco de dados de Fala Popular de Vitória da Conquista (FPVC) abarca 12 informantes, com o total de 818 amostras de nós/a gente. Verificamos uma incidência muito grande do uso de “nós” concordando com Ø, o que nos faz pressupor que o uso de “nós” e “a gente” está no contexto de um sistema gramatical cuja tendência é não marcar redundantemente a concordância de número, não havendo, nesse contexto, competição de formas pronominais pertencentes a sistemas diferentes. Sendo assim, entendemos que a variação entre as duas formas (nós/a gente) na FPVC não representa o reflexo de competição de gramáticas, nos termos de Kroch (1994), mas o uso de formas pronominais pertentes a uma mesma gramática. Como citar: VIEIRA, Adilma Sampaio de Oliveira. Nós e a gente: um estudo sobre a sintaxe do português brasileiro. Orientadora: Cristiane Namiuti. 2014. 75f. Dissertação (mestrado em Linguística) – Programa de Pós-graduação em Linguística, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, 2014. Disponível em: xxxxxxxxxxxxxxxx. Acesso em: xxxxxxxx

Referência(s)