
Onde está ela?
2021; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 47; Issue: 3 Linguagem: Português
10.15448/1980-864x.2021.3.40242
ISSN1980-864X
Autores Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
ResumoO estudo parte da análise de duas polcas publicadas como suplementos musicais da revista A Estação (Rio de Janeiro, 1879-1904), uma por um compositor de renome e outra anônima, base para se especular sobre a possível autoria feminina por trás do anonimato. A música como objeto e como tema é contextualizada na própria revista, em diálogo com artigos e narrativas e com a linguagem visual da mesma. Partindo-se do conceito de imagéité proposto por Jacques Rancière, discute-se a articulação entre o visível e o legível, ao que se soma o audível, tendo em conta as 29 composições ali publicadas. Em seguida aborda-se o tema das visibilidades femininas, entendidas a partir das representações de figuras de mulheres nas capas de algumas das partituras e da exposição pública das compositoras de sete músicas. Discute-se também a invisibilização posterior dessas mulheres, tomando-se por base a crítica feminista à musicologia tradicional, que hiperdimensiona o repertório “sério” em detrimento das danças de salão.
Referência(s)