
Pode o subalterno ser representado?
2019; Universidade da Beira Interior, Portugal (UBI) & Universidade Estadual de Campinas, Brasil (UNICAMP); Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português
10.20396/proa.v9i2.17567
ISSN2175-6015
AutoresKevin Luís Damásio, Simone Boró,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoEste ensaio aborda o questionamento de Spivak – “Pode o subalterno falar?”, dispondo uma demanda precedente – “Pode o subalterno ser representado?”. Para tanto, analisa-se três filmes brasileiros – Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha; O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla; e Jogo Duro (1985), de Ugo Giorgetti, investigando-se uma inversão representativa das narrativas e uma mudança da hierarquia dos gêneros. Como método, dialoga-se esses longa-metragens com interlocutores sociológicos, como Bakhtin, Bourdieu e Collins, sob o intuito de aprofundamento das questões dispostas para a representação da subalternidade. Sob nossa hipótese, estes filmes materializariam a pré-existência do elemento representativo para a conseguinte interposição do elemento de arguição, podendo atuar como instrumentos de agenciamento político, ainda que bloqueado o pleno acesso ao direito legítimo da fala.
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