Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O português do Oeste baiano: constituição de corpus em Santa Maria da Vitória

2021; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA; Volume: 22; Issue: Esp. Linguagem: Português

10.13102/cl.v22iesp..7472

ISSN

2594-9675

Autores

Jéssica Carneiro da Silva, Maria Cristina Vieira de Figueiredo Silva, Gilianderson Castro da Silva, Thalita Oliveira Fernandes de Araújo, Ísis Juliana Figueiredo de Barros,

Tópico(s)

Multilingual Education and Policy

Resumo

Este trabalho tem como objetivo discutir aspectos metodológicos de constituição de corpus e, para tanto, apresenta a metodologia e o levantamento de dados linguísticos utilizados como objeto de pesquisa da tese “O português falado no Oeste baiano: constituição de corpus e análise das estratégias de relativização”, vinculada ao projeto “Os falares do Além São Francisco” (FIGUEIREDO, 2015), da UFBA, em parceria com o projeto “O português rural do Oeste da Bahia”, da UFOB. O objetivo central da pesquisa é o de contribuir para a compreensão e descrição linguísticas dos falares baianos do Oeste da Bahia e da sua formação sócio-histórica, através da constituição de corpus em Santa Maria da Vitória (SAMAVI). A partir da coleta da fala vernacular da comunidade quilombola de Montevidinha e da comunidade urbana de SAMAVI, ambas localizadas no Oeste baiano, desenvolve-se a análise de estudos sociolinguísticos e sócio-históricos, resgatando a importância da região, tendo em vista os dados históricos percebidos por meio das narrativas orais, linguísticas, culturais e sociais, que serão apresentados brevemente neste trabalho. Para a construção metodológica da pesquisa, toma-se como base a Sociolinguística Laboviana, por meio do levantamento de células sociais, entrevistas e transcrições linguísticas. Até o momento, nossos resultados abrangem: 12 entrevistas (11 concluídas e uma em andamento) dos falantes de Montevidinha; em SAMAVI, foram gravadas 12 entrevistas sociolinguísticas, reunidas em um corpus com a seguinte estratificação social: três faixas etárias (Faixa I – 25 a 35 anos, Faixa II – 45 a 55 anos, Faixa III – acima de 65 anos) e dois sexos (masculino e feminino). Espera-se que o estudo contribua para a compreensão e descrição linguísticas dos falares do Oeste da Bahia, além de contribuir para a documentação de sua formação sócio-histórica, para a ampliação dos estudos sociolinguísticos no Brasil e para a compreensão da formação sócio-histórica do português brasileiro.

Referência(s)