Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Potencial contribuição do lodo da estação de tratamento de água (ETA) para a poluição de rios

2021; Associação Sergipana de Ciências; Volume: 17; Issue: 10 Linguagem: Português

10.14808/sci.plena.2021.101701

ISSN

1808-2793

Autores

Isabela Ferreira Batista, Denise Conceição de Góis Santos Michelan, Édipo Paixão Silva de Jesus, Jeamylle Nilin,

Tópico(s)

Water Quality and Pollution Assessment

Resumo

Esta pesquisa teve como objetivo caracterizar o lodo de uma Estação de Tratamento de Água (ETA) de uma cidade costeira e tropical do nordeste brasileiro. Os parâmetros físico-químicos (cor, pH, turbidez, sólidos totais e sedimentáveis, demanda química de oxigênio e alumínio total), análises microbiológicas (coliformes termotolerantes) e ecotoxicológicas (semente de alface - Lactuca sativa) e do microcrustáceo marinho (Mysidopsis juniae) foram analisados em amostras de lodo do decantador e da água de lavagem dos filtros. Como esperado, o lodo do decantador apresentou maior quantidade de sólidos do que o filtro, mas, apesar disso, a concentração total de sólidos no filtro ultrapassou 86 vezes o limite para ser despejado nos corpos hídricos, segundo as diretrizes brasileiras. Além disso, as concentrações de alumínio estavam acima das diretrizes para água doce (910% - lodo do decantador e 210% - lodo do filtro). Em relação à ecotoxicidade, o lodo de ambos os estágios não afetou a germinação das sementes e ainda promoveu o crescimento de 30 a 60% das radículas. Por outro lado, o lodo do decantador mostrou-se significativamente tóxico para microcrustáceos em concentrações acima de 15%. Considerando que esses lodos podem ser lançados diretamente no rio em zona estuarina, destaca-se seu potencial de toxicidade ao meio aquático e a importância do tratamento adequado antes de sua disposição final.

Referência(s)
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