
Biologia no ensino médio: concepções docentes sobre ensinar e aprender
2021; UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 6; Issue: 3 Linguagem: Português
10.3895/actio.v6n3.13665
ISSN2525-8923
AutoresRavi Cajú Duré, Maria José Dias de Andrade, Francisco José Pegado Abílio,
Tópico(s)Education and Digital Technologies
ResumoO presente estudo teve como objetivo investigar as concepções docentes sobre aspectos centrais do cotidiano das aulas de Biologia, descrevendo e analisando a visão que esses professores desenvolveram a partir de suas experiências profissionais sobre o ensino e a aprendizagem dos alunos no Ensino Médio. Para isso, realizamos uma pesquisa qualitativa com base em fundamentos da fenomenologia, definindo a amostra através da saturação teórica dos dados (que ocorreu na entrevista com o décimo docente). As entrevistas semiestruturadas foram realizadas em 2017 e se basearam em duas questões norteadoras: quais as competências e habilidades necessárias para um professor de Biologia do Ensino Médio; e quais suas principais dificuldades em relação à aprendizagem dos alunos no Ensino Médio. Os resultados apontaram que em relação às habilidades e competências docentes mais importantes, a contextualização dos conteúdos com o cotidiano dos estudantes (70% dos professores), e o domínio dos vários conteúdos da Biologia (50%), foram as categorias mais apontadas pelos professores participantes da pesquisa. Em relação às dificuldades de aprendizagem dos alunos, foram apontadas a complexidade da linguagem exigida pelo currículo de Biologia (70% dos professores), e as dificuldades que os alunos apresentam para escrever e compreender textos (60%), como os temas mais relevantes. Tais resultados demonstram que os professores de Biologia vêm defendendo um ensino mais focado no aluno, no qual a contextualização dos conteúdos e currículos com o universo de significação do estudante deve se tornar o eixo central da Biologia no Ensino Médio. Resultados que podem contribuir para a restruturação de currículos formativos e práticas pedagógicas que supram as dificuldades de aprendizagem apontadas pelos docentes entrevistados.
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