As principais causas obstétricas diretas de morte materna no período puerperal no Brasil

2021; Linguagem: Português

10.5327/jbg-0368-1416-20211311117

ISSN

0368-1416

Autores

Bruna Silva de Melo, Daniele Socorro de Brito Souza Paiva, Amanda M. Ramos, Marcelle Pinho Conceição, Victória Moreira Gomes,

Tópico(s)

Maternal and fetal healthcare

Resumo

Introdução: A mortalidade materna ainda representa um problema evidente na saúde pública nos países em desenvolvimento, entre os quais se inclui o Brasil. Segundo a Organização Mundial daSaúde, a morte materna é definida como a morte de uma mulher durante a gravidez ou no período de 42 dias após o seu término. As causas de mortalidade materna são divididas em: causas obstétricas diretas, as quais resultam de complicações obstétricas na gravidez, parto ou puerpério; e causas obstétricas indiretas, que são resultantes de patologias preexistentes à gravidez ou que se desenvolveram durante o período gestacional e foram agravadas pelos seus efeitos fisiológicos. Objetivo: Descrever as cinco principais causas obstétricas diretas de morte materna no puerpério. Métodos: Esta pesquisa baseou-se no método quantitativo, com uso da análise documental mediante os dados disponibilizados pelo site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), a qual foi realizada em duas etapas: na primeira, delimitaram-se as principais causas de mortes maternas, os tipos de causas obstétricas diretas, o período do puerpério (até 42 dias) e os anos (2015-2019); na segunda etapa, observou-se a tabela e descreveram-se os dados identificados. Resultados: No período em estudo, o total de mortes maternas por causas obstétricas diretas no período puerperal foi de 3.297, das quais, em primeiro lugar, encontra-se a eclâmpsia, com o total de 444 mortes (13,4%), seguida por hipertensão gestacional com proteinúria significativa, responsável por 421 mortes (12,7%), em terceiro e quarto lugar hemorragia pós-parto, com 407 óbitos (12,4%), e embolia de origem obstétrica, com 290 mortes (8,7%), respectivamente, e infecção puerperal no quinto lugar, responsável por 283 óbitos (8,5%). Conclusão: Diante dos dados analisados, concluiu-se que a elevada taxa de mortalidade materna ainda é um desafio para o sistema de saúde brasileiro. Além disso, evidenciou-se que as principais causas são evitáveis por intermédio do fortalecimento da rede de atenção no pré-natal e pela adequada assistência realizada no período puerperal.

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