Avaliação da capacidade funcional de pacientes com doenças cardiorrespiratórias / Functional capacity assessment of patients with cardiorespiratory diseases
2021; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 10 Linguagem: Português
10.34117/bjdv7n10-172
ISSN2525-8761
AutoresAmanda Fidelis Cavalcanti, Valdecir Castor Galindo Filho,
Tópico(s)Respiratory Support and Mechanisms
ResumoCada vez mais comuns, as doenças cardiorrespiratórias representam o principal grupo de causas de morte no Brasil. Sintomas como tosse, secreção, sibilos, infecções respiratórias de repetição e dispneia estão associadas à incapacidade funcional, redução da qualidade de vida e piora do prognóstico neste grupo de pacientes, pois, a dificuldade respiratória tende a ser intensificada e dificulta as realizações das atividades rotineiras, podendo propiciar o surgimento de alterações da função cardíaca impactando na qualidade de vida dos indivíduos. Avaliar a capacidade funcional de pacientes com doenças cardiorrespiratórias internados em uma enfermaria hospitalar do Recife. Trata-se de um estudo de corte transversal, do tipo observacional e quantitativo. O estudo envolveu pacientes com doenças cardiorrespiratórias, idade entre 18 e 80 anos e de ambos os sexos, internados nas enfermarias do Hospital santa casa de Misericórdia, Recife – PE. Os pacientes foram submetidos a um questionário sócioclínico, em seguida foi utilizado o ventilômetro analógico para a avaliação da capacidade vital lenta (CVL), o manovacuômetro para testar a força muscular respiratória, dinamometria para o teste de preensão manual e o teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) para avaliar a distância percorrida (DP). Para análsie estatística utilizou-se o Teste de Kolmogorov-Smirnov, o Teste de Mann-Whitney, o Teste de Wilcoxon e o Teste de Spearman, considerando p<0.05. A amostra foi composta por 42 indivíduos, sendo a maioria do sexo feminino (57.15%), com prevalência de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e da Insuficiência Cardíaca (IC). Observou-se uma redução significativa da força dos músculos respiratórios (pressões inspiratórias - 62.11 ± 26.32 cmH 2 O versus 91.35 cmH 2 O ± 14.01, p<0.001 e pressões expiratórias - 62.35 ±17.36 cmH 2 O versus 87.95 ± 19.44 cmH 2 O, p<0.001), CVL (1853.33 ± 713.83 ml versus 4721.42 ± 756.36 ml, p <0.001) e DP ((286.11 ± 131.08 m versus 513.38 ± 68.52 m, p<0.001) quando comparado os valores obtidos com os valores preditos. Verificou-se aumento da pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), frequência cardíaca (FC) e Índice de Percepção do Esforço (Borg), bem como queda da saturação periférica de oxigênio (SpO 2 ) ao final do TC6m quando comparado aos valores finais com os inicias previamente ao teste. Além disso, também foi observado correlação positiva da DP com a PAD e as medidas de preensão palmar. Pacientes com afecções cardiorrespiratórias apresentam redução significativa da força dos músculos respiratórios e da CVL quando comparado com os valores normais preditos, apesar de não ter sido verificada alterações quanto a força de preensão palmar. Além disso, pode-se observar alterações dos parâmetros de monitorização durante o TC6m, refletido possivelmente modificações no componente hemodinâmico e nas trocas gasosas mediante o esforço requerido durante o teste.
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