Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Autoexílio e pátria literária em Los Eunucos Inmortales de Oswaldo Reynoso

2021; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 31; Issue: 3 Linguagem: Português

10.35699/2317-2096.2021.26986

ISSN

2317-2096

Autores

Lara Mucci Poenaru, Rômulo Monte Alto,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

Este artigo discute os reflexos do autoexílio no livro Los Eunucos Inmortales (1995) do escritor peruano Oswaldo Reynoso. Considerando a hipótese defendida por Torres (2016) de que a prosa de Reynoso, após o exílio, pode ser lida desde uma segunda onda criativa, caracterizada pela linguagem poética que visa ao descobrimento da identidade, analisaram-se três inovações no romance: o paralelismo entre Lima e Pequim; a construção da imagem do estrangeiro; o viés antropológico adotado para se pensar pátria e identidade. Se anteriormente Reynoso buscava a liberdade a partir da crítica visceral ao capitalismo, agora muda-se o objeto de sua procura vital, desencadeada após a frustração do regime maoísta. Para o narrador, a liberdade, agora entendida como felicidade, passa a se encontrar na literatura e não na realidade, o que o leva a propor que sua identificação nacional não se alinha mais à pátria geográfica, mas à pátria literária.

Referência(s)