
Nobres leitores: recepção de romances pela família imperial brasileira
2021; Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História da Educação (ASPHE); Volume: 17; Issue: 2 Linguagem: Português
10.22456/1981-4526.120503
ISSN1981-4526
AutoresLarissa de Assumpção, Márcia Abreu,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoEste trabalho analisa a recepção de romances por membros da Família Imperial Brasileira com o objetivo de compreender como obras desse gênero foram lidas e entendidas por parte da elite oitocentista. Para tanto, foram considerados os relatos de leitura presentes no diário da imperatriz Teresa Cristina, escrito entre 1856 e 1887, e nas cartas trocadas entre o imperador Pedro II, a princesa Isabel e a imperatriz, entre 1854 e 1889. Suas práticas de leitura são apresentadas e analisadas por meio do exame de três aspectos principais: de que forma os romances eram lidos e como circulavam; quais opiniões foram externadas sobre o gênero romanesco; e que conceito foi formulado sobre Ivanhoé, romance de Walter Scott, objeto de discussões literárias entre o Pedro II e a princesa Isabel. Conclui-se que a família imperial reagiu aos romances de maneira semelhante à dos leitores comuns e que é falsa a ideia de que romances eram destinados a públicos pouco instruídos, formados por mulheres, jovens e pobres.
Referência(s)