Geologia de Marrocos
2021; Volume: 9; Issue: 3 Linguagem: Português
10.24927/rce2021.058
ISSN2183-9697
AutoresLuís Vítor Duarte Duarte, Driss Sadki,
Tópico(s)Archaeological and Historical Studies
ResumoFinalmente, e de novo, no deserto! Agora, no outro lado do Saara. Talvez melhor, "às portas" deste imenso deserto, na ponta mais ocidental dos Atlas, se tivermos o Chott el Djerid (Tunísia) como referência, a região das rosas do deserto1. Tal como aí, estamos bem perto da fronteira com a Argélia. Erfoud é o principal centro urbano de onde se organiza grande parte das expedições a Merzouga e ao seu Erg Chebbi com as suas dunas pintadas de um amarelo torrado a alaranjado, que ferventa o nosso olhar (FIGURAS 1 e 2). Poderia ser mais um deserto de areia, no entanto as diferenças são evidentes quando comparado com o Wadi Rum na Jordânia2. Mas o Erg Chebbi foi o primeiro a ser descoberto e as duas seguintes incursões aqui realizadas parecem ainda longe de "esgotar o filão". Bom, o que seria se tivéssemos tido a oportunidade de assistir, ao vivo, ao concerto "Water for Life Merzouga Morocco 2006", de Jean-Michel Jarre! Um visionário da música eletrónica e das "sonoridades do mundo", que nos transportam para as belezas naturais da Terra, como são as sagas Equinoxe ou Oxygène. O problema da água que, em Merzouga, e independentemente das alterações climáticas, é um bem demasiadamente escasso desde há alguns (poucos) milhares de anos! Mas basta conhecer bem os mecanismos físicos da Terra e não ir mais longe do que o Holocénico para entender que há cerca de 6-7 mil anos, o clima no Norte de África era bem diferente do atual, significativamente mais húmido3.
Referência(s)