Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Cultura da conexão, paranoia, sociedade do cansaço e poéticas do romance como enciclopédia aberta

2021; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO; Issue: 27 Linguagem: Português

10.23925/1983-4373.2021i27p184-199

ISSN

1983-4373

Autores

Rodrigo Valverde Denubila,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

Na cultura da conexão, a sensação de excesso – de informação, de arquivos e de conexões – se faz mais presente. Tais fatores extraliterários influenciam a constituição do discurso literário, como apresenta Italo Calvino (1990), em Seis propostas do próximo milênio, quando discute o romance como enciclopédia aberta. O adjetivo “aberta”, ligado ao substantivo “enciclopédia”, estabelece a relação entre ontem e hoje, entre modernidade e hipermodernidade na cultura do Big Tech. A identificação do aspecto poliândrico da narrativa contemporânea por Carlos Ceia (2007) igualmente enriquece as possibilidades de leitura da poética do romance como enciclopédia aberta, conforme perspectivado nas poéticas de Thomas Pynchon e David Foster Wallace. Objetivamos, portanto, neste ensaio, apresentar aspectos sociais e históricos da era da informação, que auxiliam no entendimento da poética do romance como enciclopédia aberta.

Referência(s)