
Na ponta da chuteira havia um fuzil: Adriano Imperador e o percalço da euforia a criminalização
2021; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS; Volume: 22; Issue: 37 Linguagem: Português
10.5752/p.2237-8871.2021v22n37p296-313
ISSN2237-8871
Autores Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
Resumo: Por este trabalho propõe-se discutir a criminalização da pobreza e seus efeitos no proibicionismo de entorpecentes, assim como, sua relação com o extermínio de jovens negros nas periferias brasileiras. Cabendo aos meios de comunicação um papel de mediadora ou de catalisador desse processo. Para isso, utilizaremos da especialidade da Micro-história a fim de tomar a figura do futebolista Adriano Imperador e suas relações extracampo com a impressa e sua comunidade natal, como problematização primordial. Sendo assim, este trabalho tem os seguintes objetivos demonstrar como a mídia tem um papel importante na construção da imagem do inimigo na sociedade; problematizar a falta de um debate mais profundo sobre o crime e sua relação com a população favelada e periférica, bem como, esse tipo de matéria reforça o estereótipo favelado criminoso. Como metodologia de trabalho utilizaremos as imagens contidas nos jornais e sendo assim, buscaremos analisar os ditos e não ditos nessas imagens e a resposta dada pelo jogador contra esse tipo de jornalismo, explorando aquilo que o historiador italiano Carlo Ginzburg intitulou de paradigma indiciário.
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