As imagens no texto: entre García Márquez e Roberto Bolaño. Da alegoria do tempo ao universo das imagens
2021; UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; Volume: 32; Issue: 63 Linguagem: Português
10.22409/cadletrasuff.v32i63.51566
ISSN2447-4207
AutoresCarlos Rincón, Ana Isabel Borges,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoA leitura do conto Un señor muy viejo con unas alas enormes, de Gabriel García Márquez, parte da alegoria europeia do tempo e mostra, ao longo da análise do relato sobre a passagem dessa alegoria por um vilarejo do Caribe, que na memória cultural deste espaço não há lugar para o conceito de tempo europeu. Aberto assim o estudo e passando pela entronização como ícones das efígies oficiais dos pais da pátria, a partir de retratos de Simón Bolívar, e de metaficções como alegorias da nação, de crônicas e pinturas de paisagens, fecha-se o artigo com Cuando éramos inmortales, de Arturo Fontaine, onde é narrada uma aula de história da arte, na que as revolucionárias obras As meninas, de Diego Velázquez e Guernica, de Pablo Picasso, são usadas pelo professor ultraconservador para encenar o discurso da história da arte como enunciação de pretensos valores universais católicos. As interseções entre textos-imagens são vistos como tipos de representação e tipos culturais básicos, onde o decisivo parece ser a “relação infinita entre a linguagem e a pintura”, “o visível e o enunciável” (Foucault, As palavras e as coisas) e “a antinomia de palavra e imagem” como a priori histórico (Deleuze, Foucault), que ampararam o que se denomina “the pictorial turn”.
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