
Isolamento de leveduras patogênicas da microbiota superficial de tamanduás mantidos em cativeiro
2021; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 10; Issue: 17 Linguagem: Português
10.33448/rsd-v10i17.24390
ISSN2525-3409
AutoresHenri Donnarumma Levy Bentubo, Flávia Regina Miranda, Cátia Dejuste de Paula, Selene Dall’Acqua Coutinho,
Tópico(s)Meat and Animal Product Quality
ResumoA composição da microbiota fúngica do pelame de animais silvestres ainda é pouco conhecida. Estabelecer parâmetros microbiológicos que permitam prever eventos infecciosos oportunistas nesses animais pode ser útil na preservação de espécies amaçadas de extinção. O objetivo dessa investigação foi isolar e identificar leveduras de potencial patogênico do pelame de tamanduás mantidos em cativeiro. Vinte e sete tamanduás, provenientes da Fundação Parque Zoológico de São Paulo (FPZSP) e Parque Municipal Quinzinho de Barros (Zôo-Sorocaba, SP) foram pesquisados. Catorze espécimes serão de tamanduá-bandeira (Mymercophaga tridactyla) e 13 de tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), dos quais, 63% machos e 37%, fêmeas. A técnica do quadrado do carpete foi empregada na obtenção das amostras de pelame. As leveduras isoladas foram identificadas por meio de suas características morfológicas e por método semi-automatizado ID-32CÒ. Para descrever as variáveis obtidas por meio do instrumento de pesquisa, foram verificadas a frequência de ocorrência e os resultados foram expressos em valores relativos. Foram isoladas, no total, 33 leveduras a partir das amostras de pelame dos 27 tamanduás. As espécies de leveduras isoladas foram: oito Candida guilliermondii (24,2%), três C. famata (9,1%), três C. kefyr (9,1%), duas C. glabrata (6,1%), três Cryptococcus laurentii (9,1%), um C. humicola (3,0%), seis Geotrichum candidum (18,2%), três Malassezia pachydermatis (9.1%), duas Rhodotorula glutinis (6,1%) e dois Trichosporon asahii (6,1%). Pode-se concluir que leveduras reconhecidamente patogênicas podem colonizar a microbiota do tegumento de tamanduás-bandeira e tamanduás-mirim mantidos em cativeiro e representam potencial risco de infecção oportunista para esses animais.
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