Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Os sentidos do grito: modulações de esperança e melancolia na canção “Um grito parado no ar” (1973/2013) e de horror na canção “Febre do rato” (2020)

2021; Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História da Educação (ASPHE); Volume: 17; Issue: 2 Linguagem: Português

10.22456/1981-4526.110425

ISSN

1981-4526

Autores

Gustavo Takashi Moraes Assano,

Tópico(s)

Arts and Performance Studies

Resumo

O presente trabalho expõe uma análise ensaística comparativa de três fonogramas: A gravação da canção censurada “Um grito parado no ar”, composta em 1973 para o espetáculo teatral homônimo estreado no mesmo ano e integrada ao LP Botequim, de Gianfrancesco Guarnieri e Toquinho; a faixa “Um grito parado no ar”, que integra o disco Vasta cidade, festa de ninguém de Bruno De La Rosa, em que a canção de Guarnieri e Toquinho é pela primeira vez gravada sem trechos censurados; e a faixa “Febre do rato”, do disco Rastilho, de Kiko Dinucci, lançado em janeiro de 2020. A partir da contextualização histórica, bem como da identificação de procedimentos formais e estilísticos na unidade entre texto lírico, composição musical e performance nas obras em questão, a reflexão busca situar a distância nas formas de expor perplexidade, esperança, melancolia e horror diante de impasses sociais e políticos de momentos históricos díspares, mas utilizando uma imagem lírica em comum: Um grito que organiza um precipitado de tensões sobre o que não pode ser nomeado na esfera pública.

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