Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Espacialidades no cinema

2021; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 7; Issue: 2 Linguagem: Português

10.20396/visuais.v7i2.15980

ISSN

2447-1313

Autores

Gilberto Alexandre Sobrinho,

Tópico(s)

Utopian, Dystopian, and Speculative Fiction

Resumo

Na fábula utópica Space is the place (John Coney, 1974, EUA) Sun Ra e sua banda Arkestra realizam uma viagem intergaláctica, aportam na Terra, especificamente em Chicago e Oakland (Estados Unidos) e começam seu périplo de recrutamento de pessoas negras para um deslocamento físico e simbólico, com o objetivo de habitar outros territórios. Rodado e lançado no começo dos anos 1970, o filme teve pouca repercussão na época. Posteriormente, com o VHS e DVD, o filme tornou-se cult, passou a ser celebrado entre cinéfilos e críticos e tornou-se um dos ícones do afrofuturismo, termo cunhado por Mark Dery, nos anos 1990, “para tratar das criações artísticas que, por meio da ficção científica, inventam outros futuros para as populações negras atuais”. Retomo esse filme por sua constituição espaço-temporal e seus modos particulares de figuração, que chamam a atenção para articulações sonoro-topológico-mentais que resultam mais que liberdades formais, em modos de apreensão e constituição da imagem e do som, articulando percepções e sensações, em torno da construção dos sentidos do filme.

Referência(s)