Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O Papel Epistemológico da Consciência nas Meditações de Descartes

2021; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA; Volume: 25; Issue: 3 Linguagem: Português

10.5007/1808-1711.2021.e75658

ISSN

1808-1711

Autores

Vinícius França Freitas,

Tópico(s)

Seventeenth-Century Political and Philosophical Thought

Resumo

O artigo discute o papel epistemológico da consciência nas Meditações sobre filosofia primeira de René Descartes, mais especificamente, discute-se a consciência do ponto de vista da verdade de suas crenças no contexto da hipótese cética do supremo enganador. Em primeiro lugar, argumenta-se que o processo de descoberta da própria existência enquanto coisa que pensa na Meditação II é consistente do ponto de vista da fiabilidade da consciência. Suas atividades possibilitam – na presente interpretação – a intuição do cogito de modo não problemático diante enganador. Em segundo lugar, argumenta-se que não há, nas Meditações, um argumento sólido em favor da verdade das crenças da consciência sobre os estados e atividades mentais particulares. Descartes não pode distinguir seguramente entre seus pensamentos, no contexto dessa hipótese cética, para prosseguir com seu itinerário. No fim, quatro interpretações que poderiam ser indicadas como respostas para a dificuldade apontada são questionadas.

Referência(s)