
A arte involuntária de sonhar: o devaneio em Noites brancas
2021; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 12; Issue: 20 Linguagem: Português
10.11606/issn.2317-4765.rus.2021.190625
ISSN2317-4765
AutoresRosanne Bezerra de Araújo, Lucas José de Mello Lopes,
Tópico(s)Russian Literature and Bakhtin Studies
ResumoNeste artigo, exploramos os caminhos do protagonista (o sonhador) e sua extraordinária epopeia interior na novela de Dostoiévski. A temática do devaneio, interligada à descrição simbólica do espaço, compõem o foco de nossa análise. Conforme Bachelard, o devaneio serve como uma fuga para o enfadonho real que envolve o sujeito e o priva de vivenciar outras realidades fantasiadas por sua mente. Em particular, o devaneio na literatura funciona como um motor que propulsiona a criação de um cogito, a exemplo do que ocorre em Noites brancas. O protagonista é um sonhador, porém com clareza de consciência. Ao analisar o espaço da narrativa, constatamos que o imaginário urbano que envolve São Petersburgo (pontes, canais, rio, avenidas), aliado ao fenômeno das noites brancas no verão, alimenta o devaneio do protagonista.
Referência(s)