
Resistência bacteriana pelo uso indiscriminado da azitromicina frente a Covid-19: uma revisão integrativa
2022; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 11; Issue: 1 Linguagem: Português
10.33448/rsd-v11i1.25035
ISSN2525-3409
AutoresMarinete Sousa Freires, Omero Martins Rodrigues,
Tópico(s)Animal Law and Welfare
ResumoRecentemente uma doença causada por um novo corona vírus, o sars-cov2, foi descrita como Covid-19, e se espalhou obtendo o caráter pandêmico, espalhou-se a disseminação viral e consequente elevação no número de mortes em todo o mundo, houve uma crescente ascensão na divulgação de notícias origem profilática, notou-se um crescimento na curva de automedicação por indivíduos, em grande parte, influenciados por notícias falsas disponibilizadas em mídias sociais e em debates sem embasamento científico. Neste sentido, um fármaco que se evidencia é a Azitromicina, um antibiótico do tipo azalida, que foi amplamente prescrita e utilizada em larga escala pela população em geral. Ao utilizar a Azitromicina pelo seu efeito imunomodulador dentro de uma patologia que é essencialmente viral, abre-se as portas para o aumento da resistência bacteriana à essa medicação e sua classe medicamentosa. Há plausibilidade para afirmar que o uso indiscriminado desse antibiótico, independentemente de sua função buscada, aumenta a possibilidade de seleção de bactérias resistentes. Objetivo: Para tanto, objetivou-se descrever a resistência bacteriana pelo uso indiscriminado da Azitromicina frente a Covid-19. Material e Método: Tratou-se de uma revisão integrativa de literatura junto às bases de dados LILACS, PUBMED/MEDELINE e SCIELO, entre 2019 e 2021. Identificaram-se 75 artigos, sendo 10 utilizados na elaboração do trabalho. Resultados mostram que a automedicação durante este período pandêmico, enfatizando o uso indiscriminado da azitromicina, além de ressaltar os fatores que contribuem para tal prática que corroboram para o aumento da resistência bacteriana. Fatores como erros nas indicações médicas, automedicação por parte da população e uma fiscalização ineficaz na venda dos antimicrobianos, em farmácias e drogarias, onde se concentram estes medicamentos, colaboram para a multirresistência bacteriana. Conclusão: É necessário orientar e esclarecer, tanto profissionais da saúde como a população, sobre a resistência bacteriana, assim como a indicação e utilização correta e eficaz dos antibióticos contra as doenças infecciosas.
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