Conhecimento de homens em situação de rua acerca das formas de transmissão de infecções sexualmente transmissíveis/HIV

2021; Linguagem: Português

10.5327/dst-2177-8264-202133tl05

ISSN

2177-8264

Autores

Vívien Cunha Alves de Freitas, Tyane Mayara Ferreira de Oliveira, Andrea Rodriguez Lannes Fernandes, Samila Gomes Ribeiro, Paula Renata Amorim Lessa Soares, Cícero Mendes Siqueira, Karla Vanessa Pinto Vasconcelos, Francisca Elaine de Souza França, Victor Caetano Rodrigues, Ana Karina Bezerra Pinheiro,

Tópico(s)

HIV/AIDS Research and Interventions

Resumo

Introdução: A dificuldade de acesso ao serviço de saúde da população de rua, associada à falta de conhecimento, aumenta a vulnerabilidade aos diversos agravos, com destaque para as infecções sexualmente transmissíveis. Objetivo: Identificar o conhecimento de homens em situação de rua acerca das formas de transmissão de infecção sexualmente transmissível/HIV. Métodos: Estudo transversal, com amostra de 15 homens, realizado nos meses de novembro e dezembro de 2020 no Refeitório Social, equipamento de assistência social destinado ao acolhimento de pessoas em situação de rua, localizado na cidade de Fortaleza, Ceará. Os critérios de inclusão foram: ser maior de 18 anos, considerar-se vivendo na rua e ser assistido pelo equipamento social. Não participaram aqueles que visivelmente estavam sob efeito de alguma substância psicoativa. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Utilizou-se um questionário elaborado com perguntas sobre formas de transmissão de infecções sexualmente transmissíveis/HIV. Para a análise estatística, os componentes descritivos, por meio dos cálculos das frequências absolutas e relativas, foram elencados. Resultados: A média de idade dos participantes foi de 48 anos. Em relação à situação conjugal, 66,6% (n=10) não possuíam parceiros fixos. Quanto às perguntas sobre as formas de transmissão de infecções sexualmente transmissíveis/HIV, observou-se que a maioria (>60%) conhecia as diversas formas de transmissão, entretanto obteve-se o maior percentual de erros no item sobre o risco de infecções sexualmente transmissíveis ao ser picado por inseto, mosquito ou pernilongo, no qual sete participantes (46,6%) afirmaram não saber e/ou concordar com a afirmativa. Conclusão: Apesar dos resultados satisfatórios, permanece a necessidade de ações inclusivas para esse público, levando em consideração a vulnerabilidade que os permeia em seus diferentes aspectos, sejam esses socioeconômicos, sejam culturais e políticos, os quais favorecem suscetibilidade às infecções.

Referência(s)