Avaliação da oferta de serviços na rede de atenção às hepatites virais no estado de Mato Grosso

2021; Linguagem: Português

10.5327/dst-2177-8264-202133p025

ISSN

2177-8264

Autores

Josué Souza Gleriano, Elton Carlos de Almeida, Janise Braga Barros Ferreira, Lucieli Días Pedreschi Chaves,

Tópico(s)

Health, Nursing, Elderly Care

Resumo

Introdução: A organização do sistema de saúde em rede de atenção favorece o acesso à saúde. Objetivo: Analisar a distribuição de serviços de saúde de atenção às hepatites virais segundo as regiões de saúde do estado de Mato Grosso, Brasil. Métodos: Pesquisa avaliativa (Certificado de Apresentação de Apreciação Ética: 01481918.0.0000.5393) considerando serviços de atenção à saúde do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde com análise por meio do georreferenciamento. Resultados: São 26 serviços ambulatoriais para atenção às hepatites virais, sendo 10 (38,7%) Centros de Testagem e Aconselhamento/sistematização da assistência de enfermagem, 7 (26,9%) sistematização da assistência de enfermagem, 6 (19,2%) Centros de Testagem e Aconselhamento, 1 (3,8%) Centro Estadual Regional de Média e Alta Complexidade, 1 (3,8%) Ambulatório Prisional, 1 (3,8%) Unidade Saúde da Família, 1 (3,8%) hospital. O Centro Estadual Regional de Média e Alta Complexidade está localizado na região da Baixada Cuiabana, sendo referência de atenção para os municípios que não possuem serviços nas regiões de saúde. A maior oferta e heterogeneidade de serviços está na região sul-mato-grossense. São 119 serviços que ofertam teste rápido com maior concentração na região Garças Araguaia e Baixada Cuiabana. A coleta de carga viral acontece em 19 serviços, com maior concentração na região da Baixada Cuiabana e do Norte Mato-Grossense; cinco regiões não ofertam coleta, e a leitura ocorre em apenas dois serviços. Para a coleta de amostra de genotipagem, há maior oferta na região da Baixada Cuiabana e Teles Pires, porém sete regiões de saúde não oferecem essa coleta. O tratamento está disponível em 15 serviços, no entanto cinco regiões de saúde não o ofertam. Conclusão: A distribuição dos serviços por regiões de saúde não garante o acesso universal e equitativo. Os resultados apresentam aspectos especialmente territorializados, com indicação de locais prioritários para investimento na atenção às hepatites virais. É necessário um conjunto de arranjos institucionais para articular um pacto capaz de adequar a oferta de serviços à organização dos marcos da regionalização.

Referência(s)