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1963; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 21; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0004-282x1963000300010
ISSN1678-4227
ResumoOs autores procuraram determinar, em 19 macacos, discretas lesões estereotáxicas no núcleo do abducente, bem como interromper as fibras periféricas do VI par.Entre os resultados obtidos, salientam-se os seguintes:1) lesões nucleares produzem prolongada paralisia do olhar horizontal ipsolateral; 2) ambos os olhos se dirigem forçada e persistentemente para o lado oposto à lesão; a convergência provavelmente não é comprometida; 3) a degeneração ascendente fica virtualmente confinada aos fascículos longitudinais mediais, principalmente contralaterais à lesão, e projetada bilateralmente a todos os núcleos para a musculatura extrinseca ocular; 4) ao nível do III par a degeneração é mais profusa contralateralmente à lesão do núcleo do abducente e se distribui ao núcleo ventral, um grupo celular que envia fibras para o reto medial ipsolateral; 5) as degenerações secundárias são observadas na área do núcleo intersticial de Cajal, dos núcleos da comissura posterior e na dos núcleos de Darkschewitsch.As paralisias do olhar horizontal ipsolateral, decorrentes de lesões localizadas do núcleo abducente, parecem representar a combinação de uma paralisia do músculo reto lateral ipsolateral e uma paresia da adução ocular contralateral na tentativa do olhar horizontal para o lado da lesão.Esta síndrome parece ser devida a: a) destruição de células no núcleo abducente; b) interrupção de fibras vestibulares secundárias, destinadas principalmente ao fas¬ cículo longitudinal medial contralateral e a porções especificas do núcleo oculomotor oposto, por ocasião da passagem destas fibras através e próximo do núcleo abducente.Os autores concluem também que parece duvidosa a existência do assim chamado núcleo parabducente.
Referência(s)