
Estéticas da subjetivação: a interface entre psicanálise e literatura
2020; Volume: 1; Issue: 2 Linguagem: Português
10.33872/conversaspsico.v1n2.esteticas
ISSN2764-5053
AutoresVinícius Romagnolli Rodrigues Gomes,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoO laço que une psicanálise e literatura é estreito. Freud desejava ser reconhecido como homem da ciência, mas isso não o impediu de ser reconhecido como um grande escritor, tendo o mesmo recebido o prêmio Goethe. Neste artigo, tentamos demonstrar que é possível compreender a criação do pensamento freudiano e do novo homem por ele concebido, por meio de suas ressonâncias e confluências com a literatura fantástica, que por sua vez, faz uma sobreposição de temas aparentemente inconciliáveis, a saber: o real e a fantasia. Há, em Freud, uma dicotomia entre o cientista e o poeta, o iluminista e o criativo especulativo. A própria noção que Freud cunhou do humano, é a de um ser contraditório e em constante conflito. A singularidade da obra de Freud resulta em grande parte desse convívio e tensão entre os dois polos.
Referência(s)