Donald Trump e Jimmy Morales
2021; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 23; Linguagem: Português
10.20396/csr.v23i00.15134
ISSN1982-2650
Autores Tópico(s)Religion, Society, and Development
ResumoNo outono de 2015, um ano antes de Donald Trump se tornar presidente dos Estados Unidos, Jimmy Morales, um cristão evangélico, venceu as eleições presidenciais na Guatemala. Este artigo examina o ativismo político-religioso, as redes transnacionalmente ativas e o impacto da direita cristã nos dois países. Além disso, é analisada a influência do sionismo cristão dentro deste ativismo e destas redes. Três exemplos servem para ilustrar as complexidades em jogo. Primeiro, é analisado o impacto da “Mexico City Policy” na Guatemala, uma diretiva estadunidense também referida por seus críticos como a “ley Mordaza Global”. O segundo exemplo trata da Iniciativa 5272, que busca aprovar a “Ley Para la Protección de la Vida y la Familia”. O terceiro exemplo abrange a decisão de Morales de transferir a embaixada da Guatemala de Tel Aviv para Jerusalém, pouco tempo depois que os Estados Unidos o fizeram. O artigo conclui que com as administrações Trump e Morales a separação Igreja-Estado se dissolve e a chamada "guerra cultural" é introduzida na arena política e legislativa a partir de atores evangélicos em ambos os países, um fenômeno que produz graves retrocessos para os direitos humanos, especialmente para as mulheres e para a população LGTBQIA+.
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