O ciclo estral da fêmea felina silvestre em cativeiro / The estrous cycle of the female felid in captivity
2021; Brazilian Journal of Development; Volume: 4; Issue: 4 Linguagem: Português
10.34188/bjaerv4n4-116
ISSN2595-573X
AutoresMariana de Albuquerque Nacaratti, Cibelle da Silva Rocha, Sheila Cristina Ferreira da Silva,
Tópico(s)Animal Behavior and Welfare Studies
ResumoO monitoramento do ciclo estral da fêmea felina em cativeiro é essencial para tentar reverter o declínio significativo da população devido à perda de habitat e caça. Desta forma, os zoológicos e criadouros buscam manter a linhagem genética e a biodiversidade dentre os felídeos, por meio da reprodução em cativeiro. A maioria dos felinos tem dificuldade de reproduzir em cativeiro por diversos motivos, um exemplo é o estresse causado pela ambientação errônea do recinto. Para compreender a endocrinologia, é necessário realizar o monitoramento hormonal, podendo ser feito através da análise de amostras fecais e de urina, sendo o primeiro método mais efetivo, pois os felinos excretam mais esteroides gonadais pelas fezes. A maioria dos mamíferos detectam as mudanças estacionais por meio de fotoperíodo. Sendo assim, uma baixa quantidade de melatonina como resultado de maior período de luz, promove a produção do hormônio liberador de gonadotrofinas (GNRH), responsável por estimular a liberação de hormônio folículo-estimulante (FSH) e de hormônio luteinizante (LH). O ciclo estral da fêmea felina é composto de cinco etapas, sendo elas proestro, estro, interestro, diestro e anestro. Caso o fotoperíodo ocorra adequadamente, a fêmea pode apresentar consecutivamente o proestro, estro e interestro, sem ovulação, com ou sem acasalamento, podendo ocorrer variações entre cada espécie e indivíduo. O comportamento mais receptivo ao acasalamento caracteriza o estro, no qual as fêmeas passam a apresentar sinais de vocalização, agachamento, rolamento, lordose, deflexão da cauda, aumento da secreção vaginal, receptividade, afeição e começam a esfregar-se contra superfícies. Quando a ovulação é induzida pelo estímulo físico, como o coito, ela acontece na fase de estro e necessita de uma quantidade adequada de LH liberado e, geralmente, de várias cópulas para ocorrer.
Referência(s)