
Ocupação antirracista e decolonial do espaço psicanalítico
2022; Autonomous University of Barcelona; Volume: 23; Issue: 3 Linguagem: Português
10.5565/rev/qpsicologia.1787
ISSN2014-4520
AutoresAndréa Máris Campos Guerra, Cristiane da Silva Ribeiro, Enrico Martins Poletti Jorge, Fábio Santos Bispo, Marcela Fernanda de Souza, Nayara Paulina Fernandes Rosa, Renata Lucindo Ferreira Mendonça, Sonia Rodrigues da Penha, Tayná Celen Pereira Santos,
Tópico(s)History of Medicine and Tropical Health
ResumoO objetivo do presente artigo é descentralizar o texto de Jacques Lacan a partir de uma geopolítica que pretende se fazer interpretante, uma vez que o autor acentua a importância de o analista visar, no horizonte de sua práxis, a subjetividade de sua época. Parte-se de uma posição na qual o analista não é neutro frente às tendências racistas e ao modo como o discurso dominante de uma época incide sobre o inconsciente. Em um contexto historicamente marcado pela abolição tardia da escravidão, encarceramento e genocídio da população negra e diversas práticas segregativas, como no caso brasileiro, é premente tomar o racismo como uma categoria sob o olhar da psicanálise em seu campo clínico e político, ao lado das demais disciplinas sociais. Pretendemos, assim, identificar algumas premissas para iniciar a desmontagem dos artefatos teóricos dominantes e seguir em direção a um novo arcabouço epistêmico, fundamentando uma prática clínica antirracista.
Referência(s)