Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Qualidade do ar e índice de progresso social em bairros do Rio de Janeiro: um alerta à saúde

2021; Escola Superior de Sustentabilidade; Volume: 12; Issue: 6 Linguagem: Português

10.6008/cbpc2179-6858.2021.006.0017

ISSN

2179-6858

Autores

Paulo Henrique de Moura, Paulo Henrique Godoy, Lúcia Helena Alvares Salis, Marina Silva Paez, Daniel Wurzler Barreto, Luiz Francisco Pires Guimarães Maia, Nelson Albuquerque de Souza e Silva,

Tópico(s)

Urban Transport and Accessibility

Resumo

A poluição do ar é um importante fator de risco a saúde associando-se a morbimortalidade e demonstrando relação inversa com as condições socioeconômicas. O objetivo do estudo foi descrever a variabilidade da qualidade do ar por Material Particulado (MP), e analisar a sua relação com o índice de Progresso Social (IPS), em 22 bairros do Rio de Janeiro. É um estudo observacional, de série espaço- temporal do período 2001-2018. Os dados das frações de Material Particulado (MP) conhecidas como Partículas Totais em Suspensão (PTS) e Partículas Inaláveis (PM10 e PM2.5), foram obtidos do Instituto Estadual do Ambiente (INEA). O Índice de Progresso Social (IPS), incluiu três dimensões: necessidades humanas, bem-estar e sustentabilidade, foram obtidas do Instituto Pereira Passos (IPP). As médias de todos os anos de MP foram relacionados com o IPS de cada bairro, e calculado o coeficiente de correlação de Pearson. As médias das concentrações anuais de MP nos bairros estiveram acima do padrão recomendado para PTS em 60% deles, acima do PM2.5 em 91% e em 100% nos que mediram PM10. Todos os bairros violaram o padrão diário das concentrações nas três frações de MP. Cidade de Deus, Bonsucesso e São Cristóvão apresentaram as maiores concentrações médias anuais e diárias dentre os bairros. O PM10 foi a fração com maior queda ao longo dos anos em todos os bairros. As reduções de PM10 nos bairros variaram entre 141% a 94%. A correlação entre o IPS e o PM10, PM2.5 e PTS respectivamente foi muito forte e inversa (-0,891 e -0,835), e moderada e inversa (-0,611). Apesar da queda das concentrações de MP em 78% dos bairros, as concentrações anuais e diárias permaneceram acima dos padrões CONAMA.

Referência(s)