
Transtornos neurocognitivos e demência relacionados ao HIV em pessoas que fazem uso de antirretroviral: uma revisão integrativa
2022; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 11; Issue: 2 Linguagem: Português
10.33448/rsd-v11i2.26039
ISSN2525-3409
AutoresRoni Robson da Silva, Leandro Andrade da Silva, Maria Virgínia Godoy da Silva, Michael Silva Araújo, Milena Preissler das Neves, Marcus Vinicius Lessa de Souza, Elson Santos de Oliveira, Milton Domingues da Silva, Mônica Barreto Ribeiro,
Tópico(s)HIV-related health complications and treatments
ResumoDistúrbios neurológicos e comprometimento cognitivo são comumente associados ao HIV. Embora o comprometimento neurocognitivo grave e progressivo tenha se tornado raro em clínicas de infectologia na era da terapia antirretroviral TARV potente, a maioria das PVHIV em todo o mundo apresenta desempenho abaixo das expectativas em testes neurocognitivos formais. Objetivo: Evidenciar os efeitos do HIV associado ao comprometimento neurocognitivo. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que seguiu a estratégia PICO para identificar os fatores associados ao Transtorno Neurocognitivo relacionados ao HIV. A busca dos artigos foi realizada em três bases de dados eletrônicas: Medline, Lilacs e Scielo. Foram utilizados os descritores “Complexo AIDS Demência”, “HIV”, “Sobreviventes de Longo Prazo ao HIV”, “Demência”, “Transtornos Neurocognitivos”, com textos completos, publicados no período de 2012 a 2022, no idioma inglês, português e espanhol e foi usado o operador booleano AND. Resultado: Foram encontrados 356 artigos. Vinte e cinco artigos foram selecionados para serem lidos na íntegra e 5 atenderam aos critérios desta revisão. Conclusão: As comorbidades contribuem para o comprometimento, mas são insuficientes para explicar a frequência do comprometimento encontrado. Os marcadores de doença do HIV, como a carga viral atual e a contagem de CD4, não estão mais fortemente associados ao comprometimento contínuo da terapia, enquanto os marcadores de doença cardiovascular e os marcadores inflamatórios parecem mais associados. Novos biomarcadores de líquido cefalorraquidiano e neuroimagem são necessários para detectar e acompanhar o comprometimento. Pesquisa em andamento para otimizar a terapia do HIV no sistema nervoso central, e potencialmente intervir nos mecanismos de neurotoxicidade a jusante continuam sendo importantes avenidas de investigação futura. Em última análise, o controle total do vírus no cérebro é um passo necessário para a erradicação do HIV.
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