Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Consumo de alimentos ultraprocessados e fatores associados no primeiro ano de vida em Cruzeiro do Sul, Acre, Brasil

2022; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 27; Issue: 2 Linguagem: Inglês

10.1590/1413-81232022272.47072020

ISSN

1678-4561

Autores

Mariana Bossi Nogueira, Lalucha Mazzucchetti, Paola Soledad Mosquera, Marly Augusto Cardoso, Maíra Barreto Malta,

Tópico(s)

Breastfeeding Practices and Influences

Resumo

This article aims to assess the consumption of ultra-processed foods (UPFs) during the first year of life and associated factors. We analyzed data from the one-year follow-up of the MINA-Brazil birth cohort. Socioeconomic, demographic and obstetric data were collected in the baseline study and at one-year follow-up (n = 774). Dietary intake during the previous day was assessed using a food frequency questionnaire to determine UPF consumption. Multiple Poisson regression with robust variance was performed to estimate prevalence ratios (PR) and confidence intervals (95%CI) for factors associated with the consumption of ≥ 3 UPFs. Prevalence of UPF consumption and consumption of ≥ 3 UPFs was 87.5% and 40.5%, respectively. Consumption of ≥ 3 UPFs was associated with lower maternal education (≤ 9 years of schooling [PR: 2.02 95%CI 1.42; 2.87] and between 10-12 years of schooling [PR: 1.55, 95%CI 1, 11; 2.14]), below-average wealth index (PR: 1.26, 95%CI 1.04; 1.53), and having a teenage mother (PR:1.19, 95%CI 1.00; 1.49). Lack of dietary diversity was inversely associated with the outcome (RP: 0,65, IC95% 0,51; 0,81). The consumption of ≥ 3 UPFs was associated with lower wealth index, education and maternal age. Dietary diversity was associated with higher levels of UPF consumption.O objetivo deste artigo é avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) e fatores associados no primeiro ano de vida. Trata-se da análise de dados do seguimento de um ano da coorte de nascimentos MINA-Brasil. Foram coletados dados socioeconômicos, demográficos e obstétricos na maternidade e no seguimento de um ano (n = 774), investigando consumo alimentar do dia anterior à entrevista, a fim de avaliar o consumo de AUP. A razão de prevalência (RP) e o intervalo de confianças (IC 95%) para consumo ≥ 3 AUP foram estimados em modelo de regressão múltiplo de Poisson com variância robusta. A prevalência de consumo ≥ 1 AUP foi 87,5%; e ≥ 3 AUP de 40,5%, estando associado a: menor escolaridade materna (≤ 9 anos [RP: 1,97 IC 95% 1,38; 2,80] e entre 10-12 anos [RP: 1,58, IC 95% 1,13; 2,20) comparados com > 12 anos de escolaridade, índice de riqueza abaixo da média (RP: 1,26, IC 95% 1,04; 1,53) e ter mãe adolescente (RP: 1,28, IC 95% 1,06; 1,55). A ausência de diversidade da dieta foi inversamente associada ao desfecho (RP: 0,65, IC 95% 0,51; 0,81). O consumo ≥ 3 AUP se associou às características maternas de menores escolaridade, índice de riqueza e idade materna, e a diversidade da dieta ao maior consumo de AUP.

Referência(s)