Estratégia de monitoramento de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana e a vacinação contra COVID-19
2021; Linguagem: Português
10.5327/dst-2177-8264-202133p155
ISSN2177-8264
AutoresDaila Alena Raenck da Silva, Cristina Bettin Waechter, Bruna Dos Santos, Luiza Bortolatto Rizzieri, Aline Leite Silveira, Raphaela Popoviche Eifler, Carla Regina Sell, Luciana Silveira Egres, Daniela Santos Alves, Sophie Nouveau Fonseca Guerreiro,
Tópico(s)HIV/AIDS oral health manifestations
ResumoResumo: O cenário de pandemia, iniciado recentemente, colocou a população mundial em uma situação complexa e assustadora. A COVID-19 causada pelo coronavírus (SARS-CoV-2) impôs aos governos dos países do mundo inteiro atitudes de controle da doença em meio ao desconhecimento do agravo. A epidemia de vírus da imunodeficiência humana/aids apresenta similaridade a COVID 19, marcada, inicialmente, por desconhecimento sobre formas de transmissão, protocolos de prevenção e abordagens de tratamento. Objetiva-se relatar a experiência de monitoramento de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana a partir da vacinação contra COVID-19 em um Centro de Testagem e Aconselhamento no Sul do país. A estratégia iniciou-se em maio de 2021, a partir da liberação da vacinação para pessoas com doenças crônicas pelo Ministério da Saúde. A ação foi e segue sendo desenvolvida no Centro de Testagem e Aconselhamento do município de Porto Alegre (RS), pertencente à Secretaria Municipal de Saúde da cidade. Conta com a parceria do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde, visto que encontra-se no escopo de um projeto desenvolvido pelo compromisso firmado entre essas instituições. O monitoramento clínico ocorre no momento que a pessoa vivendo com vírus da imunodeficiência humana busca a vacinação. Busca-se pelos exames no de CD4 e carga viral nos sistemas de informação, bem como a regularidade do uso da terapia antirretroviral. Em oito dias de estratégias foram vacinadas e monitoradas 624 pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana. Um número elevado desses usuários estava com os marcadores clínicos adequados e com as retiradas de terapia antirretroviral regulares. Aqueles que apresentaram inconformidades foram acolhidos conforme a sua necessidade e imediatamente inseridos no tratamento ou em atendimento com equipe multiprofissional. Diante da experiência demonstrada, verifica-se a possibilidade da construção de ações eficientes mesmo em meio a situações adversas. A estratégia apresentada agrega dois agravos complexos e mostra a importância da criação de medidas que extrapolam as práticas convencionais para o monitoramento das pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana, trazendo, por consequência, outro fato importante, que é a imunização contra COVID-19 nessa população.
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