Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Alterações ósseas no desenvolvimento da acondroplastia

2021; Volume: 5; Issue: 8 Linguagem: Português

10.53843/bms.v5i8.56

ISSN

2675-1542

Autores

Ana Carolina Mello Fontoura de Souza, Bruna Karas, Camilla Mattia Calixto, Gabriela Pires Corrêa Pinto, Julia Henneberg Hessman, Gabriela Dias Silva Dutra Macedo,

Tópico(s)

Dental Trauma and Treatments

Resumo

Introdução: A acondroplasia, o tipo mais comum de nanismo, é uma displasia óssea que afeta 1 para cada 15000 a 40000 nascidos vivos, caracterizada por uma mutação no gene do fator de crescimento de fibroblastos (FGFR3). Esse trabalho tem como objetivo evidenciar as alterações ósseas presentes na acondroplasia e os possíveis achados radiológicos. Métodos: Revisão narrativa de literatura realizada de abril a junho de 2019, selecionando 41 artigos das bases de dados Scielo, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Pubmed. Também foram consultados 5 livros. Resultados: Inúmeras alterações ósseas foram encontradas nos indivíduos acondroplásicos. Foram observados no crânio: diminuição do diâmetro do forame magno, desproporção entre viscerocrânio e neurocrânio, dentição apinhada, prognatismo mandibular, ponte nasal deprimida, osso frontal proeminente e hipoplasia central da face. Na coluna, os pedículos vertebrais são mais curtos, ocorre estenose do canal vertebral, cifose lombar, hiperlordose e escoliose. A pelve apresenta espinhas isquiáticas pequenas e deprimidas, extremidades do ílio arredondadas, fossa ilíaca em formato quadrado e teto acetabular horizontal. O sacro é estreito e horizontalizado. Nos membros, destaca-se o encurtamento rizomélico e as proeminências dos acidentes ósseos. Ocorre supercrescimento fibular, com angulação anterior tibial, incapacidade de eversão do pé e Genu Varum. No membro superior, a cabeça radial é achatada, limitando a movimentação do cotovelo. As mãos são em tridente, com falanges proximais curtas e deformidades metacarpais. A caixa torácica é pequena, porém ampla, com costelas curtas, de extremidades anteriores alargadas. Discussão: As modificações mencionadas corroboram os achados clínicos e radiológicos no diagnóstico por meio de ultrassonografias a partir da vigésima semana gestacional e por radiografias após o nascimento. Conclusão: Das alterações descritas, destacam-se as do crânio, coluna vertebral, pelve, membros e tórax. Ainda há a necessidade de estudos mais completos sobre o tema.

Referência(s)
Altmetric
PlumX