O apoio de pesquisa e intervenção no Projeto Sífilis Não!

2021; Linguagem: Português

10.5327/dst-2177-8264-202133p176

ISSN

2177-8264

Autores

Chyrly Elidiane de Moura, Vânia Priamo, Carlos Alberto Pereira Oliveira, Ricardo Alexsandro de Medeiros Valentim,

Tópico(s)

Syphilis Diagnosis and Treatment

Resumo

Introdução: Durante os anos de 2018 e 2020, foi desenvolvido no âmbito de 72 municípios a Estratégia do Apoio de Pesquisa e Intervenção do Projeto Sífilis Não!. Esse surgiu a partir da necessidade de implementar ações estratégicas para o enfrentamento desse agravo considerado, mundialmente, um problema de saúde pública. Objetivo: O principal objetivo é a redução da sífilis adquirida e em gestantes, eliminar a sífilis congênita e constituir uma resposta integrada e colaborativa entre os pontos da rede de atenção, especialmente a Atenção Primária à Saúde. Para a eleição dos municípios prioritários, foi criado um índice composto englobando diversos indicadores, entre eles a taxa de incidência de sífilis congênita em menores de um ano e a de mortalidade perinatal, além de critérios populacionais. Resultados: Foram identificados 100 municípios que representam 31% da população brasileira em todas as regiões do país. A estratégia foi desenvolvida com 72 municípios prioridades 1 e 2, conforme critérios. O perfil das pessoas selecionadas exigia experiência no campo da Atenção Primária à Saúde, Vigilância à Saúde, Infecções Sexualmente Transmissíveis e organizações não governamentais para atender aos quatro eixos do projeto: educomunicação, vigilância em saúde, cuidado integral, gestão e governança. Nesse contexto, o trabalho começa a ser desenvolvido a partir de problemas previamente elencados, surgindo novos frente a realidade de cada lugar, destacando-se: ineficiência de processos de educação permanente, não inclusão da temática em espaços de governança, falta de articulação entre os instrumentos de gestão, irregularidade de oferta de testes não treponêmicos, ausência de política de educomunicação. Conclusão: Para o desenvolvimento dessas ações, o apoiador de pesquisa e intervenção foi ator estratégico. Entre os resultados se destacam a implantação de comitês/câmaras técnicas de prevenção da transmissão vertical, treinamento de profissionais quanto ao protocolo estabelecido e, principalmente, o manejo da sífilis na Atenção Primária à Saúde, além de ações comunicação para populações específicas.

Referência(s)