
Mielorradiculopatia esquistossomótica
2004; Brazilian Society of Tropical Medicine; Volume: 37; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0037-86822004000300013
ISSN1678-9849
AutoresLuciana Cristina dos Santos Silva, Pedro E. Maciel, João Gabriel Ribas, Sílvio Roberto de Sousa Pereira, José Carlos Serufo, Luciene Mota Andrade, Carlos Maurício de Figueiredo Antunes, José Roberto Lambertucci,
Tópico(s)Dermatological and Skeletal Disorders
ResumoA mielorradiculopatia esquistossomótica é a forma ectópica mais grave e incapacitante da infecção pelo Schistosoma mansoni. A sua prevalência em área endêmica tem sido subestimada. O diagnóstico baseia-se na presença de sintomas neurológicos decorrentes de lesões da medula espinhal em nível torácico baixo e/ou lombar alto, na demonstração da infecção esquistossomótica por técnicas microscópicas ou sorológicas e na exclusão de outras causas de mielite transversa. O tratamento precoce, com esquistossomicidas e corticoesteróides, mostra-se eficaz na maioria dos casos e os pacientes não tratados não se recuperam ou morrem. Não há consenso sobre doses e duração do tratamento, mas estudo recente sugere que os corticoesteróides devam ser usados por pelo menos seis meses. Como o diagnóstico é presuntivo e o tratamento essencialmente clínico, há que se manter alerta para a presença da doença, aperfeiçoar a propedêutica e, dessa forma, evitar-se a laminectomia rotineira. Com o advento da ressonância magnética da medula espinhal houve grande avanço no diagnóstico da esquistossomose medular. Como conseqüência, o número de casos de mielopatia esquistossomótica relatados tem aumentado rapidamente.
Referência(s)