
Luto, celebração e o deus-sol
2022; Volume: 22; Linguagem: Português
10.20396/phaos.v22i00.16079
ISSN2526-8058
AutoresRaphael Quinteiro Reishtatter,
Tópico(s)Classical Antiquity Studies
ResumoEste artigo tem como objetivo propor que a antítese Apolo-Hades presente no fragmento 271 de Estesícoro (Davies & Finglass), se vista a partir do contexto de sua fonte de transmissão (Plutarco, Do E de Delfos), pode admitir para o público plutarqueano um renovado sentido, a saber, que Apolo e Hades se distinguem também em função de aquele, especula-se, ser um deus associado ao Sol, e este, sabidamente, o deus do submundo – sentido improvável para o público contemporâneo a Estesícoro. Para tanto, analisamos os elementos internos e externos que constituem a oposição no poema e os colocamos sob a ótica de Plutarco. A análise se concentra em aspectos temáticos e intertextuais, dados os poucos versos que nos restaram do fragmento. Assim, pretende-se mostrar de que modo a imagem de Apolo como um deus-Sol, embora tenha bases duvidosas segundo Plutarco, faz parte de suas indagações, reforça sua tese sobre a pureza de Apolo e instaura uma nova faceta em oposição a Hades.
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