Precisamos falar de educação mediada por tecnologias na saúde: um estudo sobre a sífilis em cursos autoinstrucionais abertos a partir de plataformas virtuais de aprendizagem

2021; Linguagem: Português

10.5327/dst-2177-8264-202133p178

ISSN

2177-8264

Autores

Kaline Câmara de Araújo, Deyse Alini de Moura, José Bidarra, Célia Araújo, Juciano de Sousa Lacerda,

Tópico(s)

Syphilis Diagnosis and Treatment

Resumo

Introdução: A oferta de cursos autoinstrucionais por meio de e-learning proporciona agilidade e flexibilidade na formação continuada de profissionais do Sistema Único de Saúde, bem como da população em geral. Plataformas de educação mediada por tecnologias podem ser ferramentas imprescindíveis na luta contra o avanço da sífilis, considerada um grave problema de saúde pública no mundo. Objetivo: Realizar um levantamento da oferta de cursos autoinstrucionais disponibilizados em plataformas virtuais abertas de educação em saúde que tratam do tema sífilis no que diz respeito à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento, visando à capacitação de profissionais de saúde pública ou da população em geral. Métodos: Estudo descritivo realizado por meio de pesquisa de palavras-chave relacionadas à sífilis e a infecções sexualmente transmissíveis em plataformas abertas de educação a distância em saúde. Resultados: Das seis plataformas pesquisadas, três possuem cursos autoinstrucionais mediados por tecnologias com o tema central sífilis: Telelab (um curso — testes diagnósticos da sífilis), Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (um curso — prevenção, diagnóstico e controle de sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis) e Ambiente Virtual de Aprendizagem do Sistema Único de Saúde (21 cursos — prevenção, diagnóstico e tratamento da infecção). Também três plataformas apresentam cursos sobre infecções sexualmente transmissíveis que abordam a sífilis como subtema: Telelab (1 curso — testes rápidos), Campus Virtual da Fiocruz (um curso — Atenção à Saúde no sistema prisional) e Ambiente Virtual de Aprendizagem do Sistema Único de Saúde (sete cursos — prevenção, diagnóstico e tratamento). Campus virtual da Organização Pan-Americana de Saúde e OpenWho não apresentaram resultados. Conclusão: Conclui-se que o tema sífilis ainda não é tratado em grande abrangência por plataformas virtuais de educação aberta em saúde. Observa-se que a execução do Projeto Sífilis Não! fomentou a produção de recursos educacionais abertos sobre a infecções sexualmente transmissíveis, o que reforça a necessidade de políticas públicas específicas para doenças negligenciadas como a sífilis.

Referência(s)