Avaliação de materiais educativos em saúde sexual: a oficina remota enquanto estratégia de pesquisa em tempos de pandemia
2021; Linguagem: Português
10.5327/dst-2177-8264-202133p271
ISSN2177-8264
AutoresGabriel Rocha Marcelino, Ruth da Conceição Costa e Silva Sacco, Yunara Fernandes Venturelli, Amanda de Siqueira Cabral, Patrícia Maria Fonseca Escalda, Mauricio Robayo Tamayo, Marcos Takashi Obara, Clélia Maria de Sousa Ferreira Parreira, Ana Valéria Machado Mendonça,
Tópico(s)Women's cancer prevention and management
ResumoIntrodução: No Brasil, os índices elevados de infecções sexualmente transmissíveis entre jovens caracterizam um problema de saúde pública. Nesse contexto, a produção e a disseminação de materiais educativos pode informá-los sobre comportamentos de risco e prevenir esses agravos. Entretanto é relevante incluí-los no processo de produção e avaliação desses materiais para conhecer suas reais especificidades. Objetivo: Construir uma metodologia pela qual jovens possam avaliar materiais educativos sobre saúde sexual utilizados em campanhas do Ministério da Saúde. Métodos: Utilizou-se a oficina enquanto estratégia de pesquisa, considerando suas articulações teórico-metodológicas e implicações ético-políticas. A proposta foi construída para avaliação de materiais dos últimos dez anos relacionados à prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, vírus da imunodeficiência humana/aids e hepatites virais por estudantes de 15 a 24 anos da rede pública de ensino do Distrito Federal. Considerando o contexto da pandemia de COVID 19, optou-se pela construção de uma metodologia na qual a oficina pudesse ser desenvolvida de forma remota. De forma complementar, realizou-se busca bibliográfica nas bases de dados SciELO, MEDLINE e LILACS. Resultados: Selecionou-se a plataforma Microsoft Teams, ferramenta on-line gratuita de comunicação e colaboração de equipes. Estimou-se a duração da oficina em três horas, incluindo a divisão de 25 a 30 participantes em salas distintas, momentos conjuntos de plenária e comunicação verbal/escrita entre os participantes e moderadores. A oficina foi estruturada nos eixos: ambientação, definição de fluxo e itinerário para participação, aproximação com os materiais comunicacionais, rodízio para análise dos materiais e produção/ressignificação do material analisado. Conclusão: As oficinas possibilitam criar processos de pesquisa com potencial de transformação social, que, se aliado ao protagonismo jovem, amplia o conhecimento de percepções sobre o objeto estudado. Espera-se que a aplicação desse método contribua com a qualificação de materiais educacionais, engajando jovens em sua produção e prevenindo efetivamente infecções sexualmente transmissíveis, vírus da imunodeficiência humana/aids e hepatites virais.
Referência(s)