Aspectos epidemiológicos dos casos de coinfecção tuberculose-vírus da imunodeficiência humana

2021; Linguagem: Português

10.5327/dst-2177-8264-202133p200

ISSN

2177-8264

Autores

William Caracas Moreira, Dilyane Cabral Januário, Juliana Kelly Batista da Silva, Luciana Maria Bernardo Nóbrega, Jamira Martins dos Santos, Renata Olívia Gadelha Romero, Jordana Almeida Nobrega, Oriana Deyze Correia Paiva Leadebal,

Tópico(s)

Science and Education Research

Resumo

Introdução: A tuberculose encontra-se estreitamente associada ao vírus da imunodeficiência humana. Os indivíduos com vírus da imunodeficiência humana têm 37 vezes mais chances de apresentar um quadro de tuberculose do que os indivíduos sem o vírus. A tuberculose relacionada ao vírus da imunodeficiência humana modificou o panorama de contenção da tuberculose mundialmente, conduzindo a um crescimento nos registros dessa doença, bem como em sua letalidade e morbidade. Objetivo: Descrever os aspectos epidemiológicos dos casos de coinfecção tuberculose- vírus da imunodeficiência humana no Brasil (2011–2020). Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo retrospectivo, referente aos casos de coinfecção tuberculose-vírus da imunodeficiência humana compreendidos no período de 2011 a 2020. Os dados foram obtidos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram analisadas as seguintes variáveis: ano, unidade federativa, sexo, raça, faixa etária, escolaridade e zona de residência. Resultados: No Brasil, entre os anos de 2011 e 2020, foram notificados pelo menos 7 mil casos em cada ano, totalizando 89.086 casos de coinfecção tuberculose-vírus da imunodeficiência humana. Do total de casos, 71,05% pertencem ao sexo masculino, 93,3% possuem de 20 a 59 anos, 43,47% são pardos e 0,47% gestantes. Os estados que concentram maior número de casos são São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, com 21,11%, 15,13% e 14,17%, respectivamente. Entre os casos, prevalecem os coinfectados que possuem baixa escolaridade, com ensino fundamental incompleto (38,72%) e os que residem em zona urbana (72,11%). Conclusão: Em suma, observou-se que há um número que persistentemente significativo ao longo dos anos, concentrados na região Sudeste do país. Assim, tem-se a importância da investigação epidemiológica, tida como o primeiro passo para minimizar o número de casos de coinfecção tuberculose-vírus da imunodeficiência humana no país e promover subsídios para ações em políticas públicas.

Referência(s)