Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Corpo estranho linear em gato

2008; Editora MV Valero; Volume: 2; Issue: 12 Linguagem: Português

10.31533/pubvet.v02n12a472.1-7

ISSN

1982-1263

Autores

Lucas Alécio Gomes, Jakeline P. Zanon, Maria I. M. Martins, Josmari Pirólo, Laurenil Gaste, Rogério Anderson Marcasso,

Tópico(s)

Foreign Body Medical Cases

Resumo

Corpo estranho linear é mais comum em gatos do que em cães, e na maioria das vezes é emergência cirúrgica. Os sinais clínicos mais comuns são: anorexia, vômito, letargia, dor abdominal e febre. O diagnóstico se dá por meio de inspeção da cavidade oral, na qual se verifica o objeto preso na base da língua. Pode ocorrer plicatura do intestino com dor à palpação abdominal. No exame radiográfico, com ou sem contraste, o sinal mais comum é o pregueamento do intestino delgado. O manejo conservativo em gatos é indicado se os sinais clínicos não justificam o tratamento cirúrgico imediato. Corta-se o objeto linear e verifica-se se ele passará pelos intestinos. Senão, enterotomias múltiplas serão necessárias. Relata-se o caso de um gato macho, siamês, de 9 meses de idade, atendido no Hospital Veterinário da UEL, com vômitos há 36 horas, dor à palpação abdominal. Na inspeção da cavidade oral, foi observado corpo estranho linear preso à base da língua. Ao exame radiográfico abdominal, notou-se acúmulo de gás em alças intestinais. Procedeu-se anestesia do paciente e o corpo estranho foi seccionado. Após 12 horas, realizou-se a celiotomia exploratória, inspecionou-se estômago e alças intestinais e nada foi encontrado. No dia seguinte à cirurgia, o animal defecou o corpo estranho linear, evidenciando que em alguns casos, como cita MUIR et al (1995), não há necessidade de cirurgia, e a secção da linha é suficiente. Assim, conclui-se que em gatos com vômito, corpo estranho linear é um diferencial e nem sempre é necessária intervenção cirúrgica, caso o paciente esteja em bom estado físico.

Referência(s)
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