Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Educação e desinformação

2022; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 24; Issue: 1 Linguagem: Português

10.20396/etd.v24i1.8665292

ISSN

1676-2592

Autores

Estevon Nagumo, Lúcio Teles, Lucélia de Almeida Silva,

Tópico(s)

Information Science and Libraries

Resumo

A desinformação é um problema que tem se acentuado com o aumento no acesso à internet por meio das redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas e tem impactado na diminuição da confiança pública, na polarização da sociedade e no aumento do negacionismo científico. Neste ensaio serão abordadas 3 frentes onde a educação pode atuar para combater a desinformação: letramento midiático, confiança na ciência e a promoção de diálogo para lidar com a polarização. O letramento midiático pode fomentar uma leitura crítica da mídia para que fiquem claras as estratégias de manipulação presentes nas redes de desinformação. Para lidar com o negacionismo científico é preciso uma melhoria nas condições para o ensino de ciências nas escolas brasileiras, com mais laboratórios e uma adequação da formação docente. Uma divulgação científica popular que se aproxime do cotidiano dos alunos explorando a importância do método científico também pode contribuir para uma maior confiança na ciência. Diante da polarização da sociedade, incentivada por uma divisão política e por uma radicalização, a escola pode se contrapor com diálogo, solidariedade e tolerância. Neste cenário é preciso manter uma comunicação efetiva, muitas vezes utilizando a afetividade entre professor e aluno para melhorar a motivação e a receptividade dos questionamentos discentes. Diante de tantas mentiras, polarização e negacionismo científico promovido principalmente pelo movimento conservador de ultradireita, faz-se necessário lutar para que a escola brasileira continue sendo um espaço de promoção da ciência, do diálogo e da democracia.

Referência(s)