Estudo dos processos bioquímicos da fermentação, degradação e absorção de nutrientes dos alimentos em ruminantes
2008; Editora MV Valero; Volume: 2; Issue: 11 Linguagem: Português
10.31533/pubvet.v02n11a431
ISSN1982-1263
AutoresLerner Arévalo Pinedo, Bernardo Berenchtein, Arm Salah Morsy Amine Selem,
Tópico(s)Ruminant Nutrition and Digestive Physiology
ResumoNo Brasil, as gramíneas e leguminosas forrageiras possuem grande importância, pois se constituem a base da alimentação animal. O objetivo dessa revisão foi apresentar os principais aspectos relacionados com a bioquímica da fermentação ruminal e assim como a degradação e absorção dos nutrientes dos alimentos que acontece nos ruminantes. O rúmen é responsável por 90 a 100% da digestão dos carboidratos solúveis e ácidos orgânicos, entre 60 a 90% da celulose e hemicelulose, dependendo do grau de lignificação da forragem. Dentro do rúmen, os carboidratos são fragmentados em açúcares simples (hexoses) mediante a atividade das enzimas secretadas pelas bactérias celulolíticas (celulases). No caso das proteínas são digeridas em peptídeos (moléculas menores), aminoácidos livres e amônia e a extensão dessa digestão difere grandemente de acordo com a solubilidade da proteína presente na dieta. As gorduras, ou lipídeos da dieta, formados pelos triglicerídeos são hidrolisados no rúmen a glicerol e ácidos graxos pelos microrganismos. O glicerol é fermentado principalmente a ácido propiônico, embora em estágios transitórios, ácidos succínico e lático também têm sido detectados. Os animais ruminantes suprem suas necessidades diárias de vitaminas do complexo B e K graças a síntese efetiva realizada pelas bactérias presentes no rúmen. Principalmente as vitaminas tiamina (vitamina B1), riboflavina (vitamina B2) e ácido nicotínico geralmente são maiores no conteúdo ruminal no que nos próprios alimentos consumidos pelos animais.
Referência(s)