Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Obesidade e câncer: mecanismos envolvidos e intervenções terapêuticas

2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO; Volume: 15; Issue: 3 Linguagem: Português

10.36560/15320221522

ISSN

2316-9281

Autores

Eveline Aparecida Isquierdo Fonseca de Queiroz, Polyana Bárbara Freese Carneiro, Karen Nayara de Souza Braz, Gabriel Sousa Almeida Assunção, Camila Costa de Oliveira, Lucas Delfino Lampugnani, Evelyn Evelyn Angrevski Rodrigues, Diogo Albino de Queiroz, Pâmela Alegranci,

Tópico(s)

Agricultural and Food Sciences

Resumo

A transição demográfica iniciada no Brasil, a partir da década de 60, promoveu mudanças nos hábitos de vida da população, promovendo alterações no perfil nutricional e nas manifestações de doenças. No início do século XXI, ocorreu um marco no qual, pela primeira vez, o número de indivíduos com excesso de peso ultrapassou os de baixo peso, o que é preocupante, pois a obesidade é apontada como um dos principais fatores de risco para inúmeras patologias crônicas, incluindo diabetes, dislipidemia, doenças cardiovasculares e inúmeros tipos de câncer. A incidência e a mortalidade por câncer vêm aumentando no mundo, em parte devido ao envelhecimento e crescimento populacional, mas também pela mudança da distribuição e prevalência dos fatores de risco relacionados ao câncer. Vários fatores como mudanças metabólicas ou hormonais, influenciadas pelo aumento do tecido adiposo, resistência à insulina, hiperinsulinemia, inflamação crônica de baixo grau, maior biodisponibilidade de hormônios e estresse oxidativo, contribuem para os mecanismos de carcinogênese na obesidade. A alimentação balanceada, além de contribuir para o controle de peso, pode exercer o papel protetor em relação à carcinogênese. Há pesquisas em andamento que avaliam o potencial de vegetais verdes-escuros, alaranjados, crucíferos (repolho, brócolis, couve de Bruxelas), produtos de soja, feijão (carioca, preto, branco, vermelho), legumes, cebola, alho e tomate na prevenção do câncer. Outro fator importante é a prática regular de atividade física, que diminui o risco de câncer por melhorar a sensibilidade à insulina, o que estimula a imunidade e diminui os níveis de adipocina e marcadores inflamatórios. Dessa forma, esta revisão tem como objetivo analisar e relacionar informações associadas com a obesidade e o câncer.

Referência(s)