
Análise do concreto de pós reativos sustentável com dois diferentes tipos de areia
2019; Volume: 2; Issue: 1 Linguagem: Português
10.18616/civiltec.v2i1.5353
ISSN2595-6302
AutoresÂngela Costa Piccinini, Jonas Carvalho José,
Tópico(s)Innovations in Concrete and Construction Materials
Resumo1. IntroduçãoDevido às demandas do mercado da construção civil, novos materiais precisam ser desenvolvidos, seja em função da necessidade de maior capacidade de carga, de menor permeabilidade, de maior durabilidade, ou de quaisquer características necessárias para sua aplicação.[1] Segundo Soto [2], após o concreto convencional, já houve o desenvolvimento do concreto de alta resistência, o concreto de alto desempenho e, mais recentemente, o concreto de ultra alto desempenho. O concreto de pós reativos ou somente CPR pode atingir resistências de um concreto de ultra alto desempenho. São concretos formados de partículas com diâmetro máximo menor que 2mm, que estão aplicados em elementos estruturais. O material oferece grandes resistências à compressão e, também, à tração e à flexão, quando utilizada cura térmica. [3]. No CPR, por ser uma mistura composta por materiais de baixa granulometria, são eliminados os vazios da estrutura internamente, ganhando uma maior resistência e homogeneidade. A utilização do CPR em outros países já possibilitou construções mais leves, esbeltas, de baixo custo de manutenção e com maior vida útil. O custo e a metodologia de produção são as desvantagens. Com isso, este trabalho visa diminuir o custo da mistura de um CPR, além de presar pela parte ambiental, com a substituição em, aproximadamente, 35% de cimento pela escória de alto forno e com dois tipos diferentes de areia. Não será utilizada cura térmica na produção.2. MetodologiaO traço foi baseado na pesquisa de Yang et al [4]. Os materiais constituintes do CPR foram cimento CP-V ARI, escória de alto forno, sílica, areia, superplastificante e relação água/cimento de 0,16. Foram analisados 12 corpos de prova, sendo 6 com areia n. 50 (retida na peneira 0,3mm) padronizada, fornecida pelo Instituto de Pesquisa e Tecnologia, e 6 com areia de praia da região de Osório, RS, com diâmetro médio de 0,15 mm. Os corpos de provas (CP) foram submetidos a ensaios de compressão axial aos 7 e aos 28 dias.3. ResultadosA resistência à compressão com areia do IPT, aos 7 dias foi de 73,49 MPa, sendo 63,64% acima da resistência com a areia de praia. E aos 28 dias, com areia de praia, a resistência foi de 62,22 MPa e com areia do IPT de 84,7 MPa. Com relação à idade, o aumento foi maior, 38,54%, com a areia de praia, dos 7 aos 28 dias.4. ConclusõesPor ser um concreto ecoeficiente, com menor consumo de cimento, reduzindo custo e impacto ambiental, os resultados encontrados foram satisfatórios, ficando acima da média para um concreto comum, e com maior durabilidade por possuir menos vazios. Pode-se perceber que com a utilização de uma areia padronizada os resultados da resistência à compressão foram mais satisfatórios.
Referência(s)