Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Infective endocarditis: Epidemiology and prognosis

2022; Elsevier BV; Volume: 41; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1016/j.repc.2021.02.027

ISSN

2174-2030

Autores

Pedro Apolinário, I Campos, Cátia Oliveira, Carina Silva, Carina Arantes, Juliana Martins de Souza e Silva, Alberto Salgado, Nuno Salomé, Carla Rodrigues, P Medeiros, João Bizarro Pinho, Jorge Marques, Catarina Vieira,

Tópico(s)

Streptococcal Infections and Treatments

Resumo

Infective endocarditis (IE) is associated with high morbidity and mortality, despite advances in diagnosis and treatment. To assess changes in the epidemiological profile of IE, to perform a time-trend analysis and to define short-term and long-term prognostic predictors of IE. Retrospective analysis of 173 patients admitted with a diagnosis of IE to a Portuguese level II Hospital between January 1998 and December 2013. The patients were divided into two groups according to the period of occurrence of the IE episode (1998-2007 vs. 2008-2013). The clinical event studied was the occurrence of death or the need for urgent surgery during hospitalization, and death in the follow-up period. Independent predictors of short-term and long-term prognosis were identified. In the first portion of the study, IE occurred in younger individuals, often drug addicts, users of intravenous drugs and with gastrointestinal disease, human immunodeficiency virus and hepatitis B infection. In the second portion of the study, IE occurred more frequently in individuals of an older age with concomitant cardiovascular disease; enterococcus was isolated more frequently. The independent predictors of in-hospital death or need for urgent valve surgery were septic shock and the occurrence of peri-annular complications. The independent predictors of long-term mortality were age, chronic kidney disease and IE due to multidrug-resistant microorganisms. Differences were found in the epidemiological profile of IE during the study period. Referral for valve surgery increased slightly, but mortality remained high. A endocardite infeciosa (EI) associa-se a elevada morbimortalidade, apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento desta entidade. Avaliar alterações no perfil epidemiológico da EI, realizar uma análise de tendência/evolução temporal e definir os preditores de prognóstico em curto e longo prazo. Análise retrospetiva de 173 doentes internados com EI num hospital português nível II, entre janeiro de 1998 e dezembro de 2013. Os doentes foram divididos em dois grupos, de acordo com o período de ocorrência da EI (1998-2007 versus 2008-2013). O evento clínico estudado foi a ocorrência de morte ou necessidade de cirurgia urgente durante o período de internamento e a morte no período de follow-up. Identificados os preditores independentes de prognóstico em curto e longo prazo. No primeiro período do estudo a EI ocorreu em indivíduos mais jovens, frequentemente toxicodependentes, utilizadores de drogas intravenosas e com doença gastrointestinal, infeção por HIV e HBV. No segundo período do estudo esta patologia ocorreu mais em indivíduos de idade mais avançada, com patologia cardiovascular concomitante e o Enterococcus foi isolado mais frequentemente. Os preditores independentes de morte no internamento ou necessidade de cirurgia valvular urgente foram o choque séptico e a ocorrência de complicações perianulares. Os preditores independentes de mortalidade em longo prazo foram a idade, a doença renal crónica e a EI por microrganismos multirresistentes. Verificaram-se diferenças no perfil epidemiológico da EI durante o período de estudo. A taxa de orientação para cirurgia valvular aumentou ligeiramente, mas a taxa de mortalidade manteve-se alta.

Referência(s)