
A Ressignificação do futurismo na literatura de Luiz Ruffato
2022; Editora da Universidade Estadual de Maringá (Eduem); Volume: 44; Issue: 1 Linguagem: Português
10.4025/actascilangcult.v44i1.59951
ISSN1983-4683
AutoresCarolina Barbosa Lima e Santos,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoPropõe-se, neste trabalho, um estudo sobre a maneira pela qual o escritor contemporâneo brasileiro Luiz Ruffato, em Eles eram muitos cavalos, desafia e reinventa diversas poéticas que compõem a tradição literária ocidental. Analisa-se, em especial, as afinidades estéticas desta obra com as propostas da vanguarda futurista italiana por meio do suporte teórico de estudiosos como Gilberto Mendonça Teles, Maria Adélia Menegazzo, José Mendes Ferreira e Augusto de Campos. Apresentando-se como uma poética fragmentada, rápida, imagística e multifacetada, Eles eram muitos cavalos propõe inúmeras reflexões a respeito do cenário urbano brasileiro. Valendo-se de uma linguagem próxima à poética futurista, composta por palavras em liberdade em relação à ordem sintática e ao emprego formal de pontuação; bem como da experimentação de recursos tipográficos e onomatopaicos; Ruffato propõe uma relação espaciotemporal que busca provocar no leitor um efeito de dinamismo em referência à atmosfera de uma grande cidade moderna. Ao configurar um ambiente caótico em um mosaico de gêneros discursivos, Ruffato põe em cena uma metrópole desequilibrada e suja, habitada por crimes, desestrutura familiar, doença, consumismo, subempregos, vícios e outras mazelas que permeiam esta sociedade. Diante desta complexa materialidade literária, propõe-se, neste trabalho, uma análise sobre as reflexões sociais e as inovações estéticas propostas em Eles eram muitos cavalos
Referência(s)