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Benefícios ecossistêmicos e econômicos do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães

2022; Couffy-sur-Sarsonne; Volume: 54; Linguagem: Português

10.4000/confins.44470

1958-9212

Maira Luiza Spanholi, Francisco Eduardo Mendes, Lucas de Almeida Nogueira da Costa, Lucas Rolo Fares, Carlos Eduardo Frickmann Young,

Environmental Sustainability and Education

Os Parques Nacionais são áreas criadas para proteger a biodiversidade e promover o desenvolvimento sustentável. O objetivo deste trabalho é demonstrar a importância do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (PNCG) em evitar o desmatamento e proporcionar benefícios econômicos e ambientais na região em que está inserido. Para isso, utilizando diferentes metodologias de valoração econômica ambiental, foi calculada a redução das emissões de gases de efeito estufa e da erosão do solo pelo desmatamento evitado, assim como a influência do parque sobre os usos da água superficial, do ICMS ecológico e do uso público. Estimou-se que o PNCG evitou cerca de 10 mil hectares de desmatamento, impedindo a erosão de 195 mil toneladas anuais de solo e a emissão total de 1,5 milhões de tCO2e. O PNCG influencia até 45,2% do consumo de água da bacia do Rio Cuiabá, com valor de influência sobre os consumos da água estimado em até R$ 73,9 milhões. Em 2019, foram repassados para Cuiabá e Chapada dos Guimarães R$ 937 mil como ICMS ecológico devido a existência do PNCG. Estimou-se ainda, que a visitação ao PNCG induziu R$ 60,1 milhões anuais de produção de bens e serviços locais através do efeito multiplicador dos gastos que foram realizados pelos visitantes no ano de 2019. Portanto, áreas protegidas, tais como o PNCG, são capazes de evitar o desmatamento e assoreamento dos rios, auxiliar na mitigação das mudanças climáticas pela sua capacidade de estocar dióxido de carbono, além de servirem como indutoras do desenvolvimento econômico da região em que estão inseridas.