Artigo Acesso aberto Revisado por pares

‘A pousada dos ciganos’, de Eduardo Viana. Política da forma e representações do campo artístico em Portugal na década de 1920

2022; Associação de Actividades Científicas; Issue: 80 Linguagem: Português

10.4000/lerhistoria.9890

ISSN

2183-7791

Autores

Joana Cunha Leal,

Tópico(s)

Cultural Identity and Heritage

Resumo

Este texto discute questões relativas à produção, apresentação e recepção de A pousada dos ciganos (1923), paisagem algarvia do pintor Eduardo Viana (1881-1967), na sua relação com o campo artístico em Portugal. A partir desta pintura, revêem-se alguns pressupostos historiográficos sobre os desenvolvimentos do modernismo no pós-Grande Guerra, como a representação homogeneizada dos artistas modernos sob a égide do consenso nacionalista e da moderação das opções formais concebida como recuo da vanguarda cosmopolita. Problematizada a partir do seu lugar de produção — a “vila cubista” de Olhão —, e do seu foco temático, coloca-se a hipótese de A pousada dos ciganos resistir a essa homogeneização, impregnando as suas formas de um sentido político actuante. Assim considerada, esta pintura dá plena continuidade à orientação cosmopolita do trabalho de Eduardo Viana nos anos da sua colaboração com os Delaunays e Amadeo de Souza-Cardoso no âmbito da Corporation Nouvelle.

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