Mapa tecnológico para inserção de reatores de tório na agenda política do Brasil
2022; Volume: 28; Issue: 1 Linguagem: Português
10.47168/rbe.v28i1.656
ISSN2317-6652
AutoresGustavo André Pereira Guimarães, Nival Nunes de Almeida,
Tópico(s)Global Energy and Sustainability Research
ResumoA geopolítica nuclear descreve o conflito entre países combinando interesses energéticos e de materiais estratégicos. O surgimento da geopolítica nuclear brasileira pode ser historicamente situado em 1945, junto com a geopolítica nuclear mundial. Em ambas, o tório inicialmente exerceu papel central ao lado do urânio, até meados da década de 1970. Na década de 1990, houve uma retomada do interesse por reatores nucleares utilizando o ciclo do combustível tório, como alternativa às tecnologias dominantes que empregam o urânio. O conhecimento acumulado ao longo de 60 anos de pesquisas no Brasil sobre o ciclo do combustível tório possibilita considerar uma proposta para a adoção de um reator nuclear com tório como combustível. A dificuldade de inserção do tema nuclear na agenda política representa um desafio para a elaboração e implantação de políticas públicas para construção de um reator de tório no Brasil. O presente trabalho oferece um mapa tecnológico multicamadas para inserção de reatores de tório na agenda política nacional, destacando como contribuições: a descrição do processo sistemático de elaboração até a apresentação do modelo final de um mapa tecnológico, a proposta da inserção de reatores de tório no Programa Nuclear Brasileiro e a atualidade da geopolítica nuclear brasileira e mun-dial. Os autores concluem que o mapa tecnológico construído representa um ponto de partida aplicável para a inclusão do tema na agenda política nacional visando a construção e operação de novas plantas nucleares.
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