Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Um beijo dado mais tarde e a (des)aprendizagem da leitura

2022; UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; Volume: 14; Issue: 28 Linguagem: Português

10.22409/abriluff.v14i28.50971

ISSN

1984-2090

Autores

Gisele Seeger,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

A libertação da língua de sua habitual condição de “impostura” é um núcleo semântico disseminado por toda a obra de Maria Gabriela Llansol, mas é n’Um beijo dado mais tarde (1990) que esse núcleo encontra um espaço de “dramatização” ficcional, erigindo-se tanto em construção textual sui generis quanto em experiência dos seres que por esse texto transitam. Persigo aqui o argumento de que a imagem da leitura é nessa obra o nó semântico donde emana a troca duma língua herdada por uma voz adquirida e a principal via por que as figuras reivindicam uma percepção desautomatizada e amplificada dos textos e do(s) mundo(s). Formulações teóricas de Roland Barthes, Hans Robert Jauss e Wolfgang Iser iluminam minha hipótese interpretativa.

Referência(s)
Altmetric
PlumX