Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Pênfigo vegetante de hallopeau em puerpério imediato: relato de caso e breve revisão de literatura/ Hallopeau vegetant pemphigus in immediate puerperia: case report and brief literature review

2022; Brazilian Journal of Development; Volume: 5; Issue: 2 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv5n2-164

ISSN

2595-6825

Autores

Matheus Felipe Ketes Bergamin, Amanda Ribeiro França, Henrique Bacellar de Farias, Patrícia Leite Brito,

Tópico(s)

Autoimmune Bullous Skin Diseases

Resumo

O pênfigo de Hallopeau é uma enfermidade do grupo dos pênfigos vegetantes, sendo estes, variantes raras do pênfigo vulgar. Clinicamente, o pênfigo vegetante de Hallopeau manifesta-se com pústulas que, normalmente, evoluem com a formação de placas vegetantes sem acometimento mucoso. Embora dados epidemiológicos sejam escassos, há certo predomínio deste acometimento na população feminina em relação à masculina. A fisiopatologia da doença é determinada pelos autoanticorpos IgG contra as proteínas transmembrana que formam os desmossomos, os quais são os responsáveis pela adesão célula-célula dos queratinócitos, principalmente contra a desmogleína 3 (DSG3) e a desmogleína 1 (DSG1), o que, consequentemente, leva à acantólise, ou seja, à separação da camada espinhosa da epiderme. Os fatores desencadeantes deste tipo de pênfigo ainda não estão totalmente esclarecidos, mas acredita-se que a gravidez possa ser um deles devido ao rápido aumento nos níveis de estrogênio, seguido por uma alteração no equilíbrio da relação de linfócitos Th1/Th2 com aumento de Th2. Este aumento também leva a maior produção de autoanticorpos IgG, como resultado de um aumento das citocinas relacionadas ao IgG. Em alguns casos com associação entre gestação e pênfigo, sabe-se que autoanticorpos maternos podem ser transferidos ao recém-nascido ocasionando uma bulose neonatal, de curso autolimitado. Neste relato, foram representados uma puérpera e seu recém-nascido que evoluíram com o aparecimento de lesões do tipo pênfigo, que foram, posteriormente, diagnosticadas e tratadas como pênfigo vegetante de Hallopeau.

Referência(s)